sexta-feira, junho 30, 2006

Mais Galiza....



Santiago de Compostela


Centro Galego de arte contemporânea


Finisterra


Galiza convida à contemplação... Um lugar de belas paisagens onde a ruralidade se mistura com o urbanismo numa teia de caminhos fáceis de percorrer.
Na Galiza pode-se fazer um pouco de tudo. Contemplar a vista que o cabo Finisterra nos oferece, passando primeiro na encantadora aldeia de pescadores e crianças simpáticas.
Ou simplesmente mergulhar no cosmopolitanismo dos museus, das cidades sempre vivas.. dos pequenos restaurantes animados, onde se experimentam tapas até altas horas da madrugada....

Galiza ali tão perto!


La Toja

Torre de Hércules


Horreos


Santiago de Compostela


Já foi há algum tempo que nos aventurámos em direcção norte, passando a fronteira de Portugal e começando a percorrer o lindissimo território da Galiza.

Um bom mapa é suficiente, porque, por terras de nuestros irmanos (justiça lhes seja feita), há muito poucas hipóteses de nos perdermos.

De Vigo para cima encontrámos praias apeteciveis, pequenas baías de um mar fantástico.
Inevitavelmente vai-se parar a Santiago de Compostela, esse grande santuário onde se sente uma espécie de ambiente sagrado no ar.
Há medida que vamos subindo tudo nos surpreende cada vez mais, a paisagem, as pessoas, as pequenas aldeias, a gastronomia e a animação nocturna.
O povo galego é bem disposto, animado e muito hospitaleiro.

Termina-se a viagem com a respiração ofegante depois de subir as escadas que nos levam ao cimo do mais antigo farol romano do mundo.
Do cimo da Torre de Hércules vê-se La Coruña como de nenhum outro lugar. Valeu a pena o esforço... e esta semana despreocupada por terras galegas.

terça-feira, junho 27, 2006

BRAVA é o seu nome.






Apenas de barco se chega à mais pequena das ilhas do arquipelago de Cabo Verde. Em tempos ouve um pequeno aeroporto. Só com 7ooo habitantes, pouco ou nada faz jus ao seu nome. As suas gentes caracterizam-se com rostos afáveis e de diálogo facil com os forasteiros.
Nesta ilha de pequenas localidades, destaca-se a vila de Nova Sintra, geograficamente muito semelhante à nossa tão conhecida vila portuguesa que lhe deu nome. Bonitos sobrados do principio do século XX, pequenas casas de rés-do-chão caiadas de branco e muitas flores coloridas, que dão fama à Brava como sendo precisamente a Ilha das Flores.
Aqui o tempo passa devagar, espera-se o barco que vem do Fogo ou da Praia trazendo os familiares que labutam no outro hemisfério-nas americas, na sua maioria-, e tudo o que aqui faz falta: fruta, legumes, televisores, dvd's, mas enfim, com o pouco que têm são felizes.
Por entre um copito de grogue e uma de tocatina de violão e rebeca ao som das mornas de Eugénio Tavares, os bravenses vão continuando orgulhosos do seu espaço e da sua terra.

Beirute







Chamamos-lhe Beirute. Mas também poderia ser Cabul, ou qualquer outra cidade devastada pela guerra. Aqui as guerras são outras- a do êxodo de gentes, a do crescimento não sustentado. A guerra da poeira e de uma construção que não obedeceu a regras.
A Assomada, em Cabo Verde, é uma cidade feia, cinzenta, com edifícios semi destruídos e milhares de pessoas em correria.
Colorido, apenas o do grande mercado. Um misto de cheiros e sabores que vale a pena visitar.
A cidade é "pesada", os rostos são austeros e não têm os encantos que se encontram noutras ilhas de Cabo Verde.
Mesmo assim, merece uma visita, nunca para demorar muito tempo, mas o suficiiente para tentar perceber esta "malha urbana" tão peculiar.

quinta-feira, junho 22, 2006

ROSTOS CRIOULOS






Crianças, mulheres ou idosos...
São tantas as faces escuras...negras, de olhares intensos, meigos de convite à sabura, queimadas por dias de trabalho, ou só mesmo de puro deleite do passar do tempo que os leva de sol em sol.
A nós, resta sorrir, fotografá-las e encontrar nelas o que nos foi faltando com o evoluir dos tempos modernos e que a elas pouco diz.
Cabo Verde é, acima de tudo, isto.

terça-feira, junho 20, 2006

Ainda o Maio






As históricas salinas são uma das principais fontes de rendimento das pessoas do Maio. Aqui se encontram gentes de todas as idades, maioritariamente mulheres de pele queimada pelo sol e pelo manto branco de sal que pisam todos os dias.

quarta-feira, junho 14, 2006

Dja'r Maio- Cabo Verde






Chega-se a ela depois de cinco minutos de avião.. À primeira vista apenas um pedaço de terra extremamente plano, com praias de areia muito branca e mar azul...
Mas entrando no coração da ilha deparamo-nos com a verdadeira morabezza cabo verdiana.... Porto Inglês é uma vila encantadora, onde outrora acostavam os navios baleeiros vindos dos Estados Unidos para abastecer e usar o sal ali produzido para conservar os mantimentos a bordo.
O Maio ainda não foi descoberto por turistas e poucas são as suas estruturas hoteleiras.. A visita vale pelas pessoas... Sorridentes, hospitaleiras e sempre muito bem dispostas..
Só lá estive uma vez e quero voltar... Tu estás lá agora... consigo "avistar-te" aqui da praia de S. Francisco...
Bom trabalho e até breve!

segunda-feira, junho 12, 2006

Chott el Jerid



Hoje um amigo falou-me da magia do amanhecer... da sensação de assistir a um nascimento muito especial. Lembrei-me de quando sentimos essa magia na Tunisia, no momento em que atravessámos o magnifico lago salgado de Chott El Jerid e vimos o sol ali tão perto a pintar o dia de laranja forte...
Lembro de te olhar e pensar como é mágico acordar contigo diante desta imagem....

sexta-feira, junho 09, 2006

Sons da Cidade Velha



É, sem dúvida, ao som do batuque que a Ribeira Grande de Santiago deve ser visitada.
Também vale a pena conhecer as tradicionais batucadeiras que perpetuam esta tradição cultural tão antiga como a própria colonização do arquipélago...

A velha cidade





Foi uma das jóias atlânticas da nossa coroa. Local privilegiado de trocas comerciais, de tráfico negreiro e de paragem dos navios...Sítio de misturas e de experiências... Espaço de convergência entre africamnos e europeus, berço da criolidade.
Assim era a Cidade Velha em tempos prósperos. Uma grande metrópole africana.
Restam-lhe memórias, de outros séculos, escritas nos monumentos que teimam em ficar de pé. Resta-lhe uma história valiosa, e uma identidade irrefutável.
Hoje, esta "Velha Senhora" jaz sobre uma baía plena de recordações, iluminada pelo mais belo pôr do sol de Cabo Verde...

terça-feira, junho 06, 2006

Casinhas de bonecas






Depois das praias paradísiacas cortámos caminho em direcção ao interior. A mesma falta de percursos traçados, a mesma necessidade de olhar o sol e pedir-lhe para nos orientar. Um imenso deserto e algumas referências (poucas) para chegar às aldeias do norte, que conheciamos de passagens fugazes noutras viagens de trabalho.
Não foi dificil dar com elas, depois de alguns quilómetros e muitos solavancos.. cerca de 45 minutos para termos a sensação de entrar num território de contos infantis.
Tudo é colorido, tudo é ordenado... O contraste é radical face ao cinzento a que estamos habituados na Cidade da Praia . Quase impensável.
Fundo de Figueira, João Galego e tantos outros pequenos lugares encantandores que nos transportam para o imaginário daquelas estórias de adormecer.
Demorámo-nos por ali algum tempo a contemplar a "arquitectura", a disparar a máquina digital em todas as direcções e a apreciar o silêncio apenas cortado pelo entusiasmo de algumas crianças que descobriam a presença de dois forasteiros no meio deste território encantado.

segunda-feira, junho 05, 2006

Praias sem fim






Alugámos uma Pick Up e metemos pelos caminhos vazios de tudo em busca de mar azul. Areia e mais areia misturada com um pó acastanhado. Alguns trilhos muito ténues deixados dias antes por outras viaturas que ali passaram...
Uma ou outra palmeira já seca que teima em manter-se de pé. Um cenário inóspito... um calor abrasador.
Talvez façamos a dança da chuva para ali cairem algumas gotas de água: seriam preciosas...

Entre altos e baixos, apenas o sol a orientar-nos... Uma hora depois começa a avistar-se um azulão forte.. Mar à vista..
Antes, ainda passámos num aglomerado de pequenas casinhas de pedra já abandonadas. Chegámos ao Curral Velho, um lugar onde nos sentimos pequenos perante a imensidão daquele areal a perder de vista.
À nossa frente um mar azul e ondulado... Atrás de nós um território virgem, vazio e empoeirado que valeu a pena percorrer.

Felizmente a Boavista ainda não sofre das invasões do Sal. Muitos já a descobriram, mas poucos se aventuram pelo meio destes caminhos difíceis de percorrer.
Vale a pena conhecer este lugar e partilhar, com os caranguejos que se aproximam ao fim da tarde, de uma praia só nossa!